Diarréia na criança e no bebê
A diarréia na criança e no bebê se caracteriza pelo aumento do número de evacuações ou diminuição da consistência das fezes, podendo as fezes ser amolecidas ou líquidas. Pode ter diferentes causas, sendo a mais comum a causa viral. A diarreia é um sintoma que pode ser causado por várias doenças diferentes.
Dra Glauce é médica pediatra, formada em Medicina pela Faculdade de Medicina de Jundiaí, realizou Residência médica em Pediatria, na Unicamp, e atualmente é Professora do Departamento de Pediatria da Faculdade de Medicina de Jundiaí. Possui mais de 15 anos de experiência, além de ser médica pediatra da Prefeitura de Jundiaí. Atualmente também iniciando Mestrado em Saúde da Criança e do Adolescente pela Faculdade de Medicina de Jundiaí.
Como pediatra com vários anos de experiência, meu compromisso é proporcionar um atendimento cuidadoso e personalizado a cada criança e sua família. Acredito na importância de um ambiente acolhedor e de uma abordagem holística para promover o desenvolvimento saudável e o bem-estar dos pequenos pacientes. – Dra Glauce Cérgoli
Dra Glauce é pediatra há 15 anos, tendo grande experiência no tratamento das doenças comuns da infância. Também é Professora da Faculdade de Medicina de Jundiaí, realizando aulas frequentemente sobre este tema. Dra Glauce tem grande experiência no atendimento de bebês e crianças, e orientação das dúvidas, oferece um atendimento personalizado e humanizado para sua família, desde a gestação e nascimento, acompanhando a criança em todas as etapas do seu crescimento e desenvolvimento.
Causa da diarréia na criança e no bebê
Existem inúmeras causas para a diarréia na criança:
- Viral: Rotavírus, Norovírus, Coronavírus, entre outros;
- Bacteriana: Shigella ( mais comum), Salmonella, E. Coli, entre outras;
- Protozoários: Ameba, Giárdia lamblia, entre outros;
- Dietética: intolerâncias alimentares à lactose, por exemplo;
- Medicamentos: antibióticos, laxativos;
- Alérgicas: alergia à proteína do leite de vaca, da soja ou de outros alimentos;
- Funcionais: diarreia funcional do lactente e pré-escolar, síndrome do intestino irritável;
- Inflamatórias autoimunes: doença de Crohn, colite ulcerativa;
- Outras causas: doença celíaca, fibrose cística (mucoviscidose), doenças genéticas raras;
Duração da diarréia na criança e no bebê
As diarreias podem ser classificadas em dois tipos:
- Diarréia aguda: quando a duração é menor de 14 dias ( mais comum);
- Diarréia persistente: quando a duração é maior do que 14 dias;
- Diarréia crônica: quando a duração é maior que 30 dias. Neste caso, sempre precisa ser investigada a causa, e tratar de forma adequada, de acordo com a etiologia ( causa).
A diarreia aguda geralmente é de causa infecciosa (gastroenterite aguda), sendo o tipo mais comum de diarréia. É comum cursar com vômitos e febre. A grande perda de líquido nas fezes e os vômitos frequentemente provocam a desidratação, que é a principal complicação. A diarreia aguda geralmente é causada por vírus, bactérias e parasitas intestinais.
A grande maioria da diarréia aguda tem causa viral, não sendo necessário outro tipo de tratamento, como antibiótico.
A diarreia crônica pode ter diferentes causas e quando provoca má absorção intestinal, as consequências mais temidas são: desnutrição, parada de crescimento, anemia e outras deficiências.
Uma das causas mais frequentes de diarreia crônica é a diarreia funcional, que felizmente não provoca desidratação, nem desnutrição.
A diarréia persistente e crônica precisa ser investigada, podendo ser o início de um quadro de uma alergia ao leite por exemplo, ou intolerância à lactose.
Fatores de risco para diarréia na criança e no bebê
Os fatores de risco para adquirir diarreia aguda são: contato com pessoas com diarreia infecciosa; viver em condições de higiene precária; ausência de aleitamento materno ou desmame precoce. O aleitamento materno diminui a frequência de episódios de diarreia na vida da criança e também está associado com evolução menos grave e menor necessidade de hospitalização.
É fundamental prevenir e reconhecer os sinais típicos de desidratação: ausência de lágrimas, olhos fundos, pouca saliva (boca e língua secas), pele com aspecto murcho, diminuição do volume da urina, respiração mais acelerada e curta, extremidades frias e pulso fraco. Essa é, portanto, uma complicação preocupante que precisa ser avaliada e tratada.
Tratamento da diarréia na criança e no bebê
Os principais objetivos do tratamento são a prevenção da desidratação e desnutrição. Isto é conseguido com a oferta correta de líquidos, do soro de reidratação oral e a alimentação adequada. É preciso lembrar que a desidratação exige avaliação médica para determinar o grau e repor ou corrigir as perdas de líquidos. É importante sempre observar a perda de peso e os sinais de desidratação ou piora da diarreia, procurar atendimento médico para reavaliar a criança sempre que necessário. O soro de reidratação oral deve ser o tratamento de preferência, mas alguns casos necessitam hidratação venosa.
Em geral, não é necessário o uso de medicações rotineiramente. É importante lembrar que antibióticos não devem ser utilizados em crianças saudáveis com diarréia, pois esta vai se curar sozinha. Os antibióticos alteram a flora intestinal normal da criança e são prescritos pelos pediatras apenas em situações especiais. Em algumas situações pode estar indicado medicamento para controlar os vômitos.
Portanto, o que se usa no tratamento da diarréia não complicada:
- Aumento da oferta de líquidos: água, soro de reidratação oral ( para prevenção de desidratação);
- Zinco: o zinco é utilizado em crianças com diarréia, pois de acordo com estudos, ele ajuda a diminuir a duração da diarréia e a probabilidade de ter diarréia nos meses seguintes;
E , a critério, pode ser utilizado como coadjuvante no tratamento, isto é, pode ser utilizado ou não:
- Probióticos: podem diminuir em até 24 hs a duração da diarréia;
- Outras medicações: que podem ser utilizadas como coadjuvantes no tratamento.
Prevenção da diarréia na criança e no bebê
Como forma de prevenção a este problema, o que pode ser feito?
1) Estimular o aleitamento materno;
2) Manter a alimentação habitual;
3) Oferecer volumes pequenos de alimentos em intervalos curtos;
4) Evitar contato com pessoas com diarreia infecciosa;
5) Assegurar condições de higiene adequada
6) Manter a criança hidratada.
7) Garantir acesso à vacina contra o Rotavírus
Alergia ao leite (APLV)
Alergia à proteína do leite de vaca ( APLV)
A alergia ao leite, ou alergia à proteína do leite de vaca (APLV), é uma reação anormal ao leite, podendo se manifestar de diversas formas, com a ingestão do leite de vaca pelo bebê, ou através do leite materno ( pela ingestão de leite pela mãe).
Dra Glauce é médica pediatra, formada em Medicina pela Faculdade de Medicina de Jundiaí, realizou Residência médica em Pediatria, na Unicamp, e atualmente é Professora do Departamento de Pediatria da Faculdade de Medicina de Jundiaí. Possui mais de 15 anos de experiência, além de ser médica pediatra da Prefeitura de Jundiaí. Atualmente também iniciando Mestrado em Saúde da Criança e do Adolescente pela Faculdade de Medicina de Jundiaí.
Como pediatra com vários anos de experiência, meu compromisso é proporcionar um atendimento cuidadoso e personalizado a cada criança e sua família. Acredito na importância de um ambiente acolhedor e de uma abordagem holística para promover o desenvolvimento saudável e o bem-estar dos pequenos pacientes. – Dra Glauce Cérgoli
Dra Glauce é pediatra com ampla experiência em atendimento de bebês com alergia à proteína do leite de vaca (APLV). Se você tem essa suspeita com o seu bebê ou dúvidas a respeito, agende sua consulta.
Sintomas: alergia ao leite (APLV)
A alergia à proteína do leite ( APLV) pode se manifestar de diversas formas:
- Diarréia, ou sangue, ou muco nas fezes.
- Cólica intensa, sem melhora com as medidas comuns.
- Assaduras constantes.
- Dermatite: alergia na pele
- Irritação, choro intenso.
- Perda de peso, ou baixo ganho de peso.
- Manifestações respiratórias.
Diagnóstico da alergia ao leite (APLV)
Não existem exames para diagnóstico da alergia à proteína do leite de vaca em bebês.
O diagnóstico se faz pela exclusão do leite de vaca da alimentação e consequente remissão dos sintomas.
Tratamento da alergia ao leite (APLV)
Para o bebê que está em aleitamento materno, se faz a exclusão do leite de vaca da alimentação materna.
Para o bebê que está com fórmula láctea, é trocada a fórmula para uma específica que não contém a proteína intacta do leite.
Após um tempo com a alimentação adequada, os sintomas regridem.
Desta forma, se confirma o diagnóstico de alergia à proteína do leite de vaca (APLV).
O tratamento deve ser mantido por um longo período, a depender de cada caso e intensidade dos sintomas. Após este período, que pode durar meses ou anos (geralmente os primeiros anos de vida), conseguimos ir retornando com o leite de forma gradativa.
Lembrando que cada caso é tratado de forma individualizada, avaliando cada paciente.
Alergia é diferente de intolerância:
A alergia à proteína do leite de vaca é diferente da intolerância à lactose.
A intolerância à lactose geralmente acontece em adultos ou crianças maiores, e o tratamento é a retirada da lactose somente, portanto, neste caso, a pessoa pode ingerir leite de vaca sem lactose.
Já na alergia à proteína (APLV) é necessário retirar a proteína do leite da alimentação.
Também, a APLV acontece em bebês.
Retirar somente a lactose neste caso não faz regredir os sintomas do paciente.
Leia mais em:
https://www.sbp.com.br/especiais/pediatria-para-familias/doencas/alergia-ao-leite-de-vaca
Observação
A APLV pode ser diagnosticada, tratada e acompanhada pelo médico pediatra. Alguns casos específicos, geralmente a alergia mais intensa, precisa ser acompanhada em conjunto com o médico alergista.