Otite é a infecção do ouvido que pode ser causada por vírus ou bactérias, e precisa ser tratada e acompanhada pelo médico pediatra.

Dra Glauce é médica pediatra, formada em Medicina pela Faculdade de Medicina de Jundiaí, realizou Residência médica em Pediatria, na Unicamp, e atualmente é Professora de Pediatria da Faculdade de Medicina de Jundiaí. Possui mais de 15 anos de experiência, além de ser médica pediatra da Prefeitura de Jundiaí. Atualmente, cursando Mestrado em Saúde da Criança e Adolescente pela Faculdade de Medicina de Jundiaí.
“Como pediatra com vários anos de experiência, meu compromisso é proporcionar um atendimento cuidadoso e personalizado a cada criança e sua família. Acredito na importância de um ambiente acolhedor e de uma abordagem holística para promover o desenvolvimento saudável e o bem-estar dos pequenos pacientes.” – Dra Glauce Cérgoli
Dra Glauce frequentemente realiza aulas sobre este tema com os alunos da Faculdade De Medicina, onde é professora, e os leva à prática, ajudando os alunos a examinar, prescrever e tratar quadros de otite em crianças.

A presença de alguns sinais e sintomas associados às alterações encontradas no exame da criança (avaliação do ouvido) ajudam no diagnóstico de certeza da otite bacteriana:
- Otalgia (dor no ouvido) de aparecimento súbito (a otalgia em crianças com menos de 2 anos de idade é sugerida pelo toque doloroso com choro intenso, alterações do sono ou do padrão de comportamento).
- Febre a partir de 39 °C.
- Vômito ou diarreia em crianças com menos de 2 anos de idade (sintomas inespecíficos).
- Secreção do ouvido com história de dor no ouvido intensa nas últimas 48 horas (Otite supurada).
Tratamento da otite em criança e bebê:
O tratamento vai depender dos sintomas e exame físico, para então o pediatra distinguir se é otite viral ou bacteriana.
Quando a suspeita é viral, a conduta é expectante, isto é, observar a criança de 48 a 72 horas, utilizando apenas sintomáticos. Nesses casos, o paciente deve ser reavaliado, para exame físico do ouvido. Lembrando que cerca de 80% das otites têm resolução espontânea, sendo de etiologia viral e não necessitam de antibiótico.
Para a dor: o ibuprofeno é o mais indicado, mas o paracetamol pode ser utilizado nos casos de alergia. No Brasil também se usa a dipirona que é um excelente analgésico. Todos usados nas doses habituais. O uso do corticoide (prednisolona) pode ser indicado nos casos de OMA associada à presença de obstrução nasal importante. Os anti-histamínicos e descongestionantes não são recomendados, pois podem ressecar a secreção da orelha média, prolongando sua presença nessa cavidade.
Quando a suspeita é bacteriana, o antibiótico deve ser escolhido baseado na eficácia contra os patógenos mais frequentes da otite. Se a otalgia (dor no ouvido) intensa ou a febre persistirem após 72 horas do início do tratamento, o antibiótico deve ser trocado.
Prevenção da otite em criança e bebê
Vacinas e otite média aguda:
A vacina do pneumococo mostrou-se efetiva na proteção contra otite, com redução de 29% das otites pneumocócicas.
Sabe-se que a maioria das otites é de causa viral e que dois terços das crianças com influenza podem ter otite. A introdução da vacinação contra o vírus influenza mostrou eficácia, diminuindo em 30% a 55% as otites durante o inverno.
Aleitamento materno:
O aleitamento materno exclusivo nos primeiros 6 meses de vida continua sendo uma forte recomendação, por se mostrar protetor contra as otites médias.
Quando buscar ajuda?
Se o seu filho apresentar sintomas como dor forte no ouvido, febre persistente ou secreção no ouvido, é essencial consultar um pediatra. O tratamento adequado pode evitar complicações e garantir uma recuperação rápida.
A otite é tratável, mas o acompanhamento médico é fundamental para prevenir problemas maiores. Fique atento aos sinais e cuide da saúde auditiva do seu filho!