O que faz o pediatra?
Pediatra é o especialista na saúde integral da criança, profissional que avalia crescimento, desenvolvimento, alimentação, vacinas, ambiente, aprendizado, sono, entre outros.
É o médico pediatra que orienta sobre crescimento saudável, estímulos adequados, orienta amamentação e alimentação desde o início, avalia desenvolvimento motor, cognitivo e linguagem.
Quando alguma alteração está presente em qualquer uma destas esferas, o pediatra vai tomar as medidas necessárias para o caso, como orientar alimentação saudável, orientar estímulos adequados, ou mesmo solicitar exames complementares quando necessário, ou encaminhar a outro especialista quando necessário, por exemplo: fonoaudiologia para estímulo da fala, ou neuropediatra, quando suspeita de atraso no desenvolvimento.
O pediatra é o médico que vai acompanhar sua criança desde o nascimento até atingir sua vida adulta.
Dra Glauce é médica pediatra, formada em Medicina pela Faculdade de Medicina de Jundiaí, realizou Residência médica em Pediatria, na Unicamp, e atualmente é Professora de Pediatria da Faculdade de Medicina de Jundiaí. Possui mais de 15 anos de experiência, além de ser médica pediatra da Prefeitura de Jundiaí. Dra Glauce tem grande experiência no atendimento de bebês e orientação das dúvidas, oferece um atendimento personalizado e humanizado para sua família, desde a gestação e nascimento, acompanhando a criança em todas as etapas do seu crescimento e desenvolvimento. Atualmente, também cursando Mestrado em Saúde da Criança e Adolescente pela Faculdade de Medicina de Jundiaí.
“Como pediatra com vários anos de experiência, meu compromisso é proporcionar um atendimento cuidadoso e personalizado a cada criança e sua família. Acredito na importância de um ambiente acolhedor e de uma abordagem holística para promover o desenvolvimento saudável e o bem-estar dos pequenos pacientes.” – Dra Glauce Cérgoli
A primeira consulta para o bebê deve ser marcada já na primeira semana de vida; e também, existe a consulta pré-natal pediátrica, quando a mãe ainda gestante, juntamente com o pai, podem procurar consulta com pediatra para orientações após o nascimento, como amamentação, cuidados com o recém-nascido, e desta forma, já escolher o pediatra que vai acompanhar seu filho.
Desde o nascimento, o bebê vai acompanhar em consultas regulares:
– Consultas mensais até os 6 meses;
– A partir de 6 meses: consultas a cada 2 meses;
– Após 1 ano, as consultas já acontecem a cada 3 meses.
– Após 2 anos: a cada 6 meses;
– Idade escolar: média de 6 anos: consulta anual;
Esse seria o mínimo de consultas, quando acontece alguma intercorrência ou alguma alteração, a criança retorna em consulta antes de período estimado.
A Pediatria
Portanto, pediatra é o médico especializado no cuidado de crianças, desde o nascimento até a adolescência. Suas principais funções incluem:
1) Exames de rotina: Realizam consultas regulares para avaliar o crescimento e desenvolvimento da criança.
2) Vacinação: Orientação de vacinas de acordo com o calendário vacinal.
3) Diagnóstico e tratamento: Identificam e tratam doenças comuns na infância, como infecções, alergias e doenças crônicas.
4) Orientação aos pais: Oferecem aconselhamento sobre alimentação, sono, segurança e comportamento infantil.
5) Monitoramento do desenvolvimento: Avaliam aspectos físicos, emocionais e sociais do desenvolvimento da criança.
6) Cuidados especiais: Tratam de condições mais complexas e encaminham para especialistas quando necessário.
Amamentação
A amamentação apresenta múltiplos benefícios para mãe e bebê, além de ser um alimento completo para o bebê.
Dra Glauce é especialista neste assunto, tem grande experiência com amamentação e recém-nascidos; sempre apoiando mãe e bebê nesta fase especial de adaptação. Tem grande experiência em atendimento de recém-nascidos e orientação na amamentação.
O leite materno é um alimento completo, contém tudo o que o bebê precisa ( exclusivo até os 6 meses): contém proteínas, lipídeos, carboidratos, vitaminas e minerais, e água;
O leite materno contém anticorpos da mãe, e protege o bebê contra doenças infecciosas, como diarréia, meningite, infecções respiratórias, de ouvido, e outras.
Também é um alimento espécie-específico (de humano para humano), desta forma prevenindo contra doenças alérgicas;
A amamentação também estimula o desenvolvimento da cavidade oral; chupeta e mamadeira elevam o palato, tendo como consequência alteração da respiração, mastigação, deglutição e fala;
Além disso, existe a vantagem psicoafetiva na amamentação, promovendo maior vínculo mãe-bebê;
Benefícios para o bebê
- Contato com a mãe;
- Desenvolve a inteligência( quanto maior o tempo de amamentação)
- Melhor digestão( diminui cólica)
- Diminui doenças alérgicas
- Estimula e fortalece arcada dentária
- Previne contra doenças contagiosas( anticorpos maternos)
- Risco de asma, diabetes e obesidade é menor
Benefícios para a mãe
- Promove contração uterina pós parto, promovendo perda peso materna, e diminuindo risco de hemorragia pós-parto;
- Método contraceptivo: 98% de eficácia, quando em aleitamento materno exclusivo e amenorréia, e até 6 meses após o parto;
- Diminui risco de câncer de mama, ovário e útero;
- Evita osteoporose;
- Protege contra doenças cardiovasculares;
- Alimento pronto, não necessita preparo, e sem custo
Produção do leite
A sucção do bebê estimula a produção do leite através da produção de um hormônio chamado ocitocina;
O bebê possui o reflexo de procura, sucção e deglutição presentes após 34 semanas.
Como então aumentar o leite?
Colocando o bebê para mamar mais, o estímulo para produção é a sucção do bebê. Quanto mais ele mamar, mais a mãe irá produzir.
Técnica: pega correta
- Bebê com barriga voltada para a barriga da mãe( posição barriga com barriga)
- Abocanha quase toda a aréola( não somente o mamilo)
- Boca bem aberta( lábio inferior voltado para fora)
- Bochechas arrendondadas
Colostro
Leite dos primeiros dias de vida, possui alta concentração de anticorpos, eletrólitos e proteínas;
Facilita a eliminação do mecônio, diminuindo icterícia.
Leite maduro
Possui alto teor de lipídeos e lactose.
É composto pelo leite anterior e posterior.
Leite anterior( hidrata): grande quantidade de eletrólitos e proteínas;
Leite posterior( sacia): grande quantidade de lipídeos( gordura).
Afecções da mama
Ingurgitamento mamário( mastite): necessário massagem e ordenha para retirar excesso de leite
Fissuras: acontece pela pega do bebê incorreta.
Ordenha leite
Para ordenhar o leite: Massagem circular em volta da mama; pressionar mama contra o tórax;
Armazenamento: 15 dias no congelador; 12 horas na geladeira;
Como oferecer: Esquentar em banho-maria e oferecer no copinho
Diferenças entre leite materno e leite de vaca
- Leite materno possui Fatores protetores: anticorpos (previnem infecção)
- Vínculo da amamentação
- Quantidade adequada de proteínas e carboidratos. Leite de vaca possui alto teor de proteínas, causando sobrecarga renal)
- Gorduras: Leite materno possui DHA, ácido graxo que ajuda desenvolvimento cerebral e ocular
- O ferro do leite materno é melhor absorvido
Contra-indicação na amamentação
- Álcool: causa dependência e distúrbio cognitivo
- Drogas ilícitas;
- Medicação imunossupressora, antineoplásica (tratamento de câncer)
Legislação
Legislação que protege a amamentação:
- Licença maternidade;
- Licença amamentação;
- Licença paternidade;
Amamentação
Precisa de ajuda na amamentação?
Dra Glauce é especialista neste assunto, tem grande experiência com amamentação e recém-nascidos; sempre apoiando mãe e bebê nesta fase especial de adaptação.
Cólica do bebê
A cólica do bebê é um motivo de grande preocupação dos pais.
Dra Glauce é especialista na saúde dos bebês, tem grande experiência no atendimento de recém-nascidos e no tratamento da cólica do bebê. Ela com certeza vai poder te ajudar nesta fase de vida do seu bebê.
A primeira cólica do bebê acontece nos primeiros dias de vida, e tem relação com a mudança das fezes do bebê do mecônio (fezes escuras tipo “graxa” ao nascimento) para o padrão normal de fezes do recém-nascido.
Esta primeira cólica se resolve nos primeiros dias de vida, geralmente sem medicação, de forma espontânea, com a mudança do padrão das fezes do bebê.
E após esse período, a famosa cólica do bebê surge próximo de 1 mês de vida. Pode se iniciar antes, por volta de 2 semanas de vida, e tende a melhorar até os 2 ou 3 meses de vida.
Geralmente o período mais intenso das cólicas acontece de 1 a 2 meses de vida.
Causa da Cólica do bebê
Não se conhece com exatidão a causa da cólica do bebê, porém parece estar relacionada à imaturidade do trato digestivo do bebê
Causa desconforto abdominal no bebê, com intensidade variável para cada bebê, levando a um choro inconsolável, geralmente no final da tarde ou noite.
Alimentos que a mãe consome durante a amamentação pode causar cólica no bebê?
Apesar de os estudos relatarem que não há essa relação entre alimentação da mãe e cólica no bebê comprovada, na prática, observa-se que em alguns bebês, quando a mãe consome certos tipos de alimentos, estes podem apresentar mais cólica.
Isso geralmente acontece com alimentação mais pesada, e que produz mais gases; assim, o bebê recebe os efeitos desta alimentação através da amamentação; como por exemplo: refrigerante, doces, chocolate, excesso de leite, lanches, etc.
Por isso, o ideal é que se mantenha uma alimentação mais saudável, assim como a da gravidez.
O que fazer na Cólica do bebê
Existem algumas medidas que podem acalmar o bebê neste momento de cólica:
- Massagem na barriga (flexionar pernas sobre barriga: “bicicleta”)
- Compressa morna
- Posição de bruços nos braços dos pais
- Colo, posição de barriga com barriga (pais/bebê)
- Amamentar
- Banho de ofurô
- Ambiente tranquilo, evitar estímulos
- Tentar criar uma rotina para o bebê
- Seguir as orientações do pediatra
Medicação na Cólica do bebê
Existem algumas medicações, como os probióticos que podem ser usados na cólica.
De acordo com estudos, os probióticos ajudam no tratamento da cólica;
Também existem medicações homeopáticas que ajudam no alívio da cólica do bebê.
Introdução alimentar
Após os 6 meses de amamentação, na qual o bebê estava somente com leite materno ou fórmula, começa uma nova fase: a introdução alimentar!
Dra Glauce tem grande experiência no atendimento de bebês e na orientação da introdução alimentar. Também é professora da Faculdade de Medicina de Jundiaí, e realiza aulas sobre este tema frequentemente.
Outra razão pela qual iniciamos a introdução alimentar aos 6 meses está relacionada ao desenvolvimento do bebê. O bebê apresenta o que chamamos de “sinais de prontidão”, que são marcos do seu desenvolvimento que mostram que estão prontos para iniciar a alimentação sólida.
Introdução alimentar
A recomendação da Sociedade Brasileira de Pediatria é que a introdução alimentar seja feita por volta dos 6 meses, quando o bebê está sentando (desenvolvimento motor adequado para idade), e é nesta fase que o sistema digestivo e renal do bebê estão prontos para receber alimentos diferentes dos sólidos.
Existem algumas razões pelas quais iniciamos a introdução alimentar aos 6 meses de idade. A primeira delas é simplesmente pelo fato que o bebê não precisa de nenhum outro alimento além do leite materno ou fórmula láctea antes dos 6 meses;
Como fazer a introdução alimentar
A introdução alimentar, inicia-se com:
- Frutas 2 x ao dia ( manhã e tarde);
- Água filtrada ( para bebê que estava em aleitamento materno exclusivo);
- Almoço: variedade de alimentos de acordo com tabela a seguir, formando um prato colorido e saudável;
- A consistência deve ser amassado ou raspado, ou em pedacinhos ( método BLW);
- Aos 7 meses, inicia-se o jantar: variedade de alimentos assim como o Almoço;
Ofereça alimentos naturais, não dê alimentos industrializados.
Se você quiser usar o método BLW, troque os alimentos amassados por alimentos em pequenos pedaços que caibam na mão do bebê e deixe que ele leve os mesmos até a boca.
Vale lembrar também que é natural que o bebê não aceite todos os alimentos oferecidos de primeira.
É recomendado manter uma relação de respeito com a criança, evitando forçá-la a se alimentar e entendendo seus sinais de fome e de saciedade.
Quantidade de alimento
A orientação é respeitar os sinais de saciedade do bebê, porém alguns limites devem ser seguidos, para evitar obesidade.
Recomenda- se na introdução alimentar:
- 6 meses: 3 colheres de sopa no total;
- 7 meses: 4 colheres de sopa no total;
- 9 a 11 meses: 5 colheres sopa no total;
- 1 a 2 anos: 6 colheres sopa no total.
O que deve conter na refeição salgada? (almoço ou jantar)
Na hora de preparar um prato considerado completo para o bebê durante a introdução alimentar, é fundamental inserir ao menos um alimento de cada um dos grupos a alimentares. Desta forma, formando o famoso pratinho colorido:
- Proteínas: carnes (frango, boi, peixe) ou ovo;
- Legumes: batata, cenoura, chuchu, abobrinha, tomate, mandioquinha, etc;
- Grãos: arroz, feijão, lentilha, etc.
- Hortaliças: couve, espinafre, couve-flor, brócolis, etc.
Importante que seja uma refeição saudável, não deve conter :
- Sal: não deve conter na refeição antes de 1 ano. Pode-se utilizar temperos naturais como: alho, cebola, salsicha, cheiro-verde, entre outros;
- Açúcar: não deve ser oferecido antes dos 2 anos. De acordo com estudos, o Açúcar oferecido precocemente pode aumentar o risco de diabetes e obesidade;
- Industrializados: não deve ser oferecido antes dos 2 anos. Industrializados são ricos em açúcar e sal, e a criança está aprendendo a se alimentar, desta forma, devemos ensinar uma Alimentação saudável desde a introdução alimentar.
- Sucos: a recomendação atual é evitar o suco de frutas antes de 1 ano, devido ao excesso de frutose (Açúcar natural da fruta) podendo predispor a risco de diabetes e obesidade no futuro. Outro fator é que as frutas devem ser consumidas in natura, pela maior quantidade de fibras ingeridas.
Formas de oferecer o alimento
Existe a forma tradicional, de oferecer os alimentos na colher, de forma amassada ou raspada (frutas).
E existe um método mais novo que se chama BLW.
O BLW consiste em oferecer os Alimentos em pequenos pedaços, deixando-os na frente da criança, para ela sentir e interagir com os alimentos.
Porém, de acordo com estudos, usando somente o BLW a criança não ingere todos os nutrientes necessários.
Por isso, é importante fazer em conjunto o método tradicional e o BLW, pois dessa forma a criança recebe todos os nutrientes necessários e também aprende a gostar de se alimentar, interagindo com o Alimento, através do BLW.
Existe um outro método, que se chama BLISS, que seria uma variação do método BLW, isto é, seria oferecer os alimentos em pedaços, porém, diferente do BLW, no BLISS, seriam pedaços um pouco maiores oferecidos para a criança.
Muito importante que os alimentos nunca sejam batidos: a criança precisa mastigar e sentir o gosto de cada alimento em separado.
Também devemos lembrar que a alimentação deve ser um ato prazeroso, não se deve forçar a criança a se alimentar, e é normal que no começo a criança rejeite por algumas vezes o mesmo alimento, até que este seja aceito.
Devemos sempre respeitar os sinais de saciedade da criança, e respeitar o ritmo dela, de interagir com o alimento, e desta forma, gostando de se Alimentar.
Leia mais em:
Desenvolvimento da criança e do bebê
O desenvolvimento da criança e do bebê baseia-se no desenvolvimento social, motor e de linguagem. O desenvolvimento neuropsicomotor da criança ocorre de acordo com seu potencial genético, e depende da integridade do sistema nervoso central e da qualidade do ambiente com diversidade de estímulos (afetivos, ambientais, sociais, psicológicos). Assim, a carga genética define o potencial, que é influenciado pelos diferentes determinantes. Isso propiciará que cada criança tenha seu próprio desenvolvimento, mesmo sendo gêmeos idênticos.
Dra Glauce é pediatra com muitos anos de experiência, experiente no desenvolvimento infantil, professora de Pediatria da Faculdade de Medicina de Jundiaí. Também está iniciando Mestrado em Desenvolvimento Infantil. Ela com certeza poderá avaliar se seu filho/a apresenta desenvolvimento compatível com a idade ou não.
Nas consultas de rotina com o pediatra, os marcos de desenvolvimento são avaliados na criança, observando se está adequado para idade ou se notamos algum atraso.
Alguns marcos são importantes na avaliação, lembrando que a tabela a seguir é somente uma média, podendo haver variações para mais ou menos. A tabela abaixo possui alguns dos principais marcos do desenvolvimento avaliados, lembrando que existem vários outros parâmetros:
Marcos do desenvolvimento da criança e do bebê
- 1 mês: segue a luz;
- 2 meses: sorri, interage, procura sons;
- 3 meses: sustenta a cabeça/ pescoço;
- 4 meses: segura objetos e os leva à boca;
- 5 meses: rola;
- 6 meses: senta com apoio; lalação ( fala sílabas soltas, sem formar palavras);
- 7 meses: senta sem apoio;
- 9 meses: engatinha; apreensão a estranhos ( estranha pessoas diferentes);
- 10 meses: em pé com apoio;
- 11 meses: bate palma;
- 12 meses: primeiras palavras, anda com apoio
- 14 meses: dá tchau;
- 15 meses: anda sem apoio;
- 2 anos: junta palavras, forma frases.
Quando notamos algum atraso do desenvolvimento em consulta, a criança sempre precisa ser acompanhada e dependendo de cada caso, receberá as orientações necessárias, como aumento de estímulos, ou será encaminhada para especialista, para estímulos ou avaliação, quando for o caso.
Lembrando que existem casos, como a prematuridade, em que fazemos a idade do bebê corrigida, pelo tempo que ele teria se tivesse nascido no tempo adequado. Portanto, as etapas do desenvolvimento não seguem exatamente o tempo de vida deste bebê, neste caso.
Desenvolvimento da criança e do bebê: como estimular?
O bebê ou criança sempre pode e deve ser estimulado para seu desenvolvimento. Estímulos consistem na interação com o bebê, desde conversar com o bebê, ler histórias, cantar, e a realização de atividades que estimulem seu desenvolvimento motor, como deixando-o de bruços (tummy-time), estimulando a se sentar quando maior, e desta forma, fazendo-o interagir com brinquedos por perto, para que seja um momento prazeroso. Da mesma forma, o estímulo para o engatinhar e o andar.
É importante que o bebê tenha seu tempo em um tapete de atividades no chão, para que explore os brinquedos ao redor, e desta forma fortaleça seus músculos para tentar alcançar um brinquedo por exemplo ou um objeto.
Da mesma forma, a criança, à medida que cresce, precisa ser estimulada, lendo histórias, cantando, brincando, principalmente ao ar livre, evitando sempre as telas, que atrasam e atrapalham o desenvolvimento da criança. Também é de grande importância que a criança aprenda as regras e limites.
Nos primeiros anos de vida e em toda a infância a criança precisa BRINCAR. A interação com os pais e cuidadores é fundamental. O olhar, o falar, a manipulação de um brinquedo, conversar, inclusive para se alimentar, não pode ser um ato mecânico, deve ser lúdico, a criança precisa sentir o sabor do alimento, pegar, sentir e ver a cor, tudo isso faz parte do processo de aprendizagem.
Saltos de desenvolvimento do bebê
Os saltos de desenvolvimento são períodos em que os bebês passam por mudanças significativas no seu desenvolvimento, como a aquisição de novas habilidades. Depois do salto, aparece um novo bebê, com as novas habilidades adquiridas.
O bebê fica choroso, mais irritado, com mais despertares noturnos, com necessidade de mais colo e aconchego. Em todos os saltos de desenvolvimento é importante lembrar que é somente um período da vida do bebê, ele não tem controle sobre o que está acontecendo, e portanto, precisamos ter mais paciência neste momento e oferecer mais apoio e carinho, desta forma, ele irá se sentir mais acolhido, e passará por esta fase de forma mais tranquila.
- Salto de 1 mês: dura por volta de uma semana. É quando há um crescimento da cabeça do bebê e este passa a ficar mais interessado nas coisas ao redor, observando objetos mais próximos.
- Salto dos 2 meses: dura em média duas semanas. Sinais: chora mais frequente, quer mais contato físico, demora para ficar à vontade com outras pessoas, quer se divertir com mais frequência, quer mamar o dia todo, mas nem sempre mama de verdade.
- Salto dos 3 meses: dura em média uma semana. Sinais: mais irritadiço e choroso, quer mais colo e mamar mais.
- Salto dos 4 meses: é um salto mais longo, dura por volta de 5 semanas. Muitas mudanças para o bebê na interação, mobilidade e personalidade. Sinais: mudança de humor, não mama direito, quer mais atenção.
- Salto dos 6 meses: dura em média um mês. Grande mudança: noção de distância, sente a ausência da mãe. Sinais: piora do padrão do sono, irritadiço, necessidade de acolhimento, piora do apetite.
- Salto dos 9 meses: dura em média 1 mês. Grande mudança motora. Sinais: piora do padrão do sono, ciúmes, mais amoroso.
- Salto dos 11 meses: dura em média 1 mês. Não quer deitar, quer chamar a atenção, mais irritado e choroso.
- Salto dos 12 meses (1 ano): dura em média 1 mês. Crises de birra, mais tempo com seu objeto de transição, mais choroso.
- Salto dos 15 meses (1ano e 3 meses): ciúmes, labilidade emocional.
- Salto dos 18 meses (1ano e 6 meses): dura em média um mês;
Leia mais em:
Refluxo no bebê
O refluxo no bebê geralmente é um tema de grande dúvida dos pais. O refluxo gastroesofágico (RGE) e a Doença do refluxo gastroesofágico (DRGE) são queixas frequentes em Pediatria, porém são diferentes na abordagem e tratamento.
Dra Glauce tem grande experiência no atendimento de bebês e orientação das dúvidas. Tem mais de 15 anos de experiência e é pediatra da prefeitura de Jundiaí e professora de Pediatria da Faculdade de Medicina de Jundiaí.
Causa do Refluxo no bebê
O RGE consiste na passagem do conteúdo do estômago para o esôfago, com ou sem regurgitação (com saída do conteúdo pela boca ou não). Pode ser um processo considerado normal, fisiológico, que ocorre várias vezes ao dia, após as refeições, em bebês, crianças, adolescentes e adultos, quando ocasiona poucos ou nenhum sintoma.
Nos bebês, geralmente é um evento fisiológico normal, que resolve espontaneamente até os 2 anos de idade, na maioria dos casos. O refluxo fisiológico (normal) do bebê raramente inicia antes da primeira semana de vida ou após os 6 meses.
Todas as pessoas (adultos e crianças) apresentam um pouco de refluxo em certos momentos do dia, principalmente após as refeições. São períodos curtos, considerados normais. Durante os primeiros meses de vida, os bebês se alimentam com muita frequência, estando quase sempre no período “após a refeição”. Por terem alimentação apenas líquida (leite), e principalmente nos amamentados exclusivamente ao seio materno, ingerirem grande volume, apresentam mais episódios de refluxo. Esses episódios aumentam muito entre 2 e 4 meses, e diminuem com o crescimento, sendo que a maioria se resolve até o primeiro ano de vida.
Portanto, se a criança estiver ganhando peso normalmente e não tiver sintomas, são chamados de “vomitadores felizes”, pois vomitam ou regurgitam e estão sempre bem, sem sintomas e crescendo normalmente.
Diferença entre refluxo fisiológico e refluxo doença
Por outro lado, o RGE pode também representar uma doença (DRGE), quando causa sintomas (como baixo ganho de peso, choro, irritabilidade) ou complicações.
É importante considerar as diferenças da DRGE ( doença) em bebê e em criança maior. A DRGE da maioria dos bebês saudáveis é uma doença autolimitada, que vai melhorando com a idade, ao passo que a DRGE em criança maior e adolescente é mais parecida com a do adulto, se tornando crônica, com períodos de piora e períodos de melhora.
Os pais muitas vezes procuram seu pediatra pois a maioria dos bebês regurgita nos primeiros meses, sem que isso signifique que eles tenham DRGE. A maioria dos bebês apresenta o refluxo fisiológico, considerado normal, que melhora com o crescimento do bebê.
Diagnóstico de Refluxo
O diagnóstico de DRGE ( doença) é basicamente clínico. Existem exames que podem ser feitos, porém nenhum deles é considerado padrão-ouro no diagnóstico. Portanto, geralmente, o diagnóstico da doença do refluxo geralmente é feito baseado nos sintomas do bebê.
Tratamento do refluxo do bebê:
Em bebês, com sintomas leves e nenhum sinal de alerta, a terapêutica medicamentosa é desnecessária.
Em bebês e crianças menores com sintomas de DRGE, a terapia não medicamentosa pode ser a opção de escolha, devido à falta de medicação com eficácia comprovada. Exceto nos casos mais graves ou com complicações (como aspiração, apneia, pneumonia), que necessitam de investigação e tratamento individualizado.
Nesse grupo de pacientes, podemos utilizar opções menos agressivas como as medidas conservadoras, como evitar o excesso de alimentação, usar fórmulas espessadas ou medicação específica.
Em crianças maiores e adolescentes, nos quais os sintomas são mais claros e específicos, o tratamento medicamentoso é o mais indicado.
Leia mais em:
Continua com dúvida sobre seu bebê? É sempre importante o acompanhamento com o pediatra, a avaliação do seu bebê, para desta forma diagnosticar um refluxo fisiológico ( normal) ou não. Agende sua consulta e esclareça suas dúvidas.